sábado, 26 de janeiro de 2013

Chegada e Summer Orientation in Syracuse

Hello, everyone!

Fazia tempos que eu não postava, mas tentarei manter o blog atualizado. São muitos afazeres (e preguiça também).

Chegada 

Pobreza pega!
Minha chegada foi pelo aeroporto de Atlanta. O voo foi tranks, sem turbulência. Achei que a imigração seria demorada, mas foi mais rápida do que eu pensava (apesar da fila gigante). Alguns dos privilégios de ser Fulbrighter. Eles olham o tipo de visto e é isso.

O aeroporto é enorme e achei engraçado ter que pegar um metrô pra ir de um terminal a outro. Lá me separei da Larissa, com quem viajei, para seguir para Syracuse (e ela pra Stanford).



Summer orientation

A minha summer orientation foi em Syracuse, NY. A cidade não tem nada, vive pela universidade (que é bem bonita, como a maioria das universidades daqui). Essa primeira orientação serve para nos dar uma ideia do que nos espera. Temos palestras sobre a vida acadêmica aqui, como agir como professor, choque cultural, dicas para ensino de língua etc. Algumas partes dessas palestras podem ser extremamente chatas. O motivo: todos os brasileiros selecionados têm formação em língua e ensino e já são professores. Porém, muitas pessoas de outras línguas não dão aula e nem são formados em Letras. É assustador, eu sei.

Mas vamos às partes boas? É a melhor experiência da viagem toda. Quando cheguei, parecia que tinha vindo para os EUA apenas para participar dessa conferência e ir embora. É bem louco. Nos aproximamos mais deos brasileiros que fazem orientação com a gente (já que em Sampa não dá pra ter muito contato com todos) e começamos a conhecer os FLTAs de outros países - o que é FANTÁSTICO. Fiz amizades verdadeiras (cujos laços ficaram mais fortes em Washington D.C.). Para quem nunca veio aos EUA, assim como eu, é onde se tem as primeiras experiências e choques culturais. Um exemplo foi o meu almoço: um burrito no Chipotle. Estava delicioso, mas eu não consegui terminar de comer. Por que? Tão picante que eu chorava! Cheguei na metade e desisti! rs!

Laura, Mirwais, Gaby, Reena, Everaldo e Eu
Logo que cheguei, já conheci algumas pessoas (fora o Everaldo que é brasileiro e veio no mesmo avião que eu). Ficamos esperando o shuttle do hotel por horas. Eram muitas pessoas e por isso demorou. Pelo menos pude conhecer já algumas pessoas legais, descobrir de onde são e tudo mais.

Quanto às malas, tragam apenas uma. É mais do que suficiente! A Reena sofreu para puxar as suas duas malas. E mais: na hora de pegar o vôo para sua host institution, você é cobrado pela pelas malas pelo excesso de peso (dica: nos EUA tudo é pago). A grana que recebemos na orientação dá para pagar a taxa do aeroporto, mas o melhor é não pagar.

Larissa, Karininha e Dri

O nosso hotel foi o Sheraton. Perfeito! Camas maravilhosas, calefação ótima. Uma questão é ficar no quarto com um desconhecido de outro país. Pode ser ótimo, mas teve muito bolsista que queria arrancar os cabelos porque sempre tem aquela pessoa que quer acordar as 7 da manhã para usar o secador de cabelo ou aquele que demora cinco horas no banho. No meu caso, foi tranquilo. Meu roommate era um tailandês querido que se chamava nada mais, nada menos que Fuck. Essa foi a piada do ano!




Eu, Dri, Ka, Everaldo, Raneen e Katie
Primeiro dia

O primeiro dia é basicamente para chegarmos e nos acomodarmos. É uma socialização. Temos à noite uma recepção de boas-vindas. Nada formal. Comemos, bebemos e a Margot (responsável pela orientação) fala alguma coisa. Acredito que seja mais para que os FLTAs se conheçam e interajam.






Kamel, Fanny, Katie, Cécile e Lisa. Ao fundo Laura,
Josué e Dominique

Já no primeiro dia fui para o bar do hotel. A draft beer Syracuse é ótima. Aliás, já no primeiro dia fomos expulsos do bar porque tudo aqui fecha cedo. Aliás, aprendendo as primeiras lições: tudo aqui fecha às 2:00. O bar do hotel ainda mais cedo. Também aprendi que podemos abrir uma tab para poder não precisar dar gorjeta toda vez que comprar uma cerveja. Ah, sim, a gorjeta. Um inferno, mas temos que nos adaptar. Ao lado, algumas das coisas mais queridas do mundo com quem eu me diverti à beça nessa orientação.



Mal cheguei e já descobri o que era um café da manhã tipicamente americano. O café da manhã do hotel era genial! Tinha breakfast potatoes, eggs, sausage, bacon, french toast e mais um monte de coisas doces que eu não comia, como muffins (de blueberry é especial), pancakes e outras coisas. É gorduroso, eu sei, mas vale muito a pena. E, claro, parece muita coisa, mas o almoço aqui é sanduíche ou pizza, então é bom tomar um café da manhã reforçado para aguentar o dia intenso.


Palestras


Eu, Dri, La, Ka e Ahmed
Ka, Dri, Crista, La e eu
Olha teve muita palestra chata, viu? Mas vamos das a Cesar o que é de Cesar, teve coisa legal também. Algumas 'palestras' foram com mentoras (como a Crista, ao lado) e outras com pessoas convidadas. Teve uma palestra sobre assédio sexual que deixou todos de cabelo em pé (e com medo de encostar em outras pessoas).

As que eu mais gostei foram com as mentoras. Uma foi nos grupos específicos (Português e Espanhol). Tudo bem que o cara falou mais direcionado para Espanhol, mas foi interessante ter a visão de um profissional que ensina uma língua latina. Também teve uma interessante com a minha mentora (Jessica) que falou sobre choques culturais e o comportamento americano. O melhor de tudo foi um handout que nos deram com casos reais de FLTAs que tiveram problemas no passado. Uma delas era 'Amanda', que teve problemas por não tomar banho e não trocar de roupa (e consequentemente feder). Foi a menina mais comentada da orientação! :D

Saídas


Aris, Hady, eu, Ka, (M)Elba, Josué e não sei, rs!
Patinar no gelo foi uma das coisas mais legais que fizemos. A pista de hockey da universidade é ótima. Foi minha primeira vez. Perdi a virgindade várias vezes nessa orientação, rs! Eu já andava de roller, então patinar no gelo não foi difícil. I'm a natural, rs! Porém, para aqueles que têm mais dificuldade de se equilibrar existem os andadores (como esse azul que vocês podem ver nas mãos dessa menina de véu). Não acho que ajude a aprender, mas pelo menos dá mais segurança. Muitos foram os tombos e as risadas! Na foto temos Aris (a mentora mais legal!) e abraçado comigo está o Hady (apelidado maliciosamente de 'a mistura do Brasil com Egito' - inshallah!). E Rachid de Robert!


Duas noites tivemos que jantar fora (às custas da Fulbright, lógico). Tínhamos a opção de escolher comida chinesa ou indiana. Cada dia fui em uma. A chinesa estava boa, mas a indiana estava melhor (era buffet, podia comer o quanto quisesse). Foram boas oportunidades de nos aproximarmos. Na foto, o pateta que a Larissa comprou na loja da Disney. Pura paixão! (Bom lembrar que no ônibus os brasileiros foram dos fundo foram os mais odiados - barulhentos e cantores! rs!)



Helena: 'oi, gato. Qual o seu
número de telefone?'
Larissa, Kamel, eu e Marion
Também fomos a um shopping (a bolsa da Fulbright me rendeu 'parabéns' da lojista) e a um jardim de rosas famoso na cidade. Estaria mais bonito se fosse primavera e as rosas estivessem lá de verdade. Não foi o caso.




Micro-teaching


Omã (rs!), Samah <3, Jessica, Lucia, Kikelomo, Rachid, Lisa,
eu, Wen, Katie e Kamel.
Esse foi o terror da maioria. Em algumas orientações, tivemos que dar uma miniaula de 5 ou 10 minutos, dependendo da orientação. A minha acho que foi de 10 minutos. Fomos divididos em grupos de 10. Eu fui o último a fazer. No final das apresentações, tínhamos que assistir às aulas e escrever nossa opinião, pelo menos uma crítica e um elogio. A nossa mentora, Jessica Bowes, também falou. Acho que foi uma experiência interessante me ver dando aula. Achei útil!

Situação engraçada: estava eu ensinando os greetins em Português e apertei a mão das pessoas para que elas entendessem o que estava fazendo. Fui apertar a mão da menina da esquerda, que é do Omã, e recebo aquela resposta: "sorry, but I don't touch men." Já fui aprendendo daí que o toque tem outros significados em outras culturas. Depois ela até veio conversar comigo e explicar, não que ela precisasse, mas foi uma querida.

No final, a única crítica que recebi foi para tomar cuidado com a escrita cursiva. Claro, algumas pessoas ali escreviam em Árabe e Chinês. Ainda bem que só dou aula para americanos! rs!

Talent Show

A última noite foi reservada para um jantar com show de talentos. Os países que haviam se inscrito poderiam apresentar. Claro que o Brasil quis apresentar algo legal. Teve gente que dançou, que cantou... foi divertido!



Decidimos então fazer um workshop de samba. Como éramos cinco, dividimos o pessoal em cinco grupos. Começamos com um pagodinho leve e depois um samba mais rápido (do filme Rio). As pessoas curtiram.




Brasil e Argélia
Mercosul
Tivemos outras apresentações legais. Uma das que mais gostei foi a da Irlanda. Eles cantaram uma música linda em Irlandês. Também gostei muito da Síria e da Jordânia com dancinhas divertidas. Sem contar a dança medieval da belga Paulien. Foi sensacional!


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