sexta-feira, 15 de junho de 2012

Pittsburgh, here I go!

Hello, guys!

Como dito no post anterior, dia 23 de maio fiquei sabendo meu futuro paradeiro: Pittsburgh, Pennsylvania, USA.


Estou, sim, felicíssimo com a localização e com a universidade. Afinal, eu sempre quis ir para o Nordeste dos EUA. Bem, vamos aos pormenores:

A UNIVERSIDADE


University of Pittsburgh
A universidade é a University of Pittsburgh ou simplesmente Pitt! Yay! Go Panthers!

O prédio ao lado é o que eu acho mais incrível no campus, a Cathedral of Learning. E, sim, minhas aulas serão aí, nessa catedral que foi transformada em salas de aula e tem 52 andares! Um beijo para você, querido amigo, que também tem aula numa catedral!

Além desse, a universidade possui mais uns 40 prédios espalhados por seu campus de aproximadamente 53 hectares que acolhe seus quase 29mil alunos! Sim, é muito!

Ah! Existem simplesmente três, eu disse TRÊS, academias no campus. Não há desculpa para eu não me exercitar, não é mesmo!? Preguiça, tchau!


As cores da universidade são o azul e o dourado (o que me lembra a Hufflepuff - para fãs de Harry Potter). A atlética, chamada Pitt Panthers, tem 19 equipes que competem na primeira Divisão do NCAA!
E se eu vou comprar um desses casacos aí?! HELL YEAH!



Em termos acadêmicos, ela tem muitos, mas MUITOS cursos (nem consegui contar) e ocupa a posição 58 no ranking das melhores universidades dos Estados Unidos. Parece ser uma faculdade bastante boa e tradicional, considerando que foi fundada em 1787! (Claro que não tão tradicional e antiga quanto as da Ivy League!)

Falando em Harry Potter, essa é a Cathedral por dentro! Cenário de filme, né!? A cara da riqueza, minha gente!

A CIDADE DE PITTSBURGH


A primeira coisa que me veio à cabeça quando vi que ia pra Pittsburgh foi: Queer as Folk! Sim, essa cidade foi onde se passou a história de meu seriado favorito! (Apesar de ele ter sido filmado em Toronto) Além disso, a cidade tem muitas vantagens! Uma delas é a localização:


Como vocês podem ver, Pittsburgh está rodeada de cidades interessantíssimas e que eu quero conhecer. Claro que New York está no topo da lista, mas não posso morrer sem antes conhecer Montréal. Certamente irei assim que tiver a oportunidade.

Mas isso está longe de ser tudo. No Places Rated Almanaca cidade é a unica a estar entre as 20 most livable cities dos Estados Unidos desde a primeira edição, sendo que diversas vezes esteve em primeiro lugar. Nos últimos 10 anos, esteve em primeiro lugar 3 vezes! Sem contar que também ganhou tal título nos últimos anos pela Forbes. No The Economist foi colocada na posição 29 no ranking das melhores do mundo para se viver. Tudo isso culpa do baixo índice de violência e do custo de vida super baixo (acredita que estudante NÃO PAGA transporte público?! Oh God!). Também por toda a cultura e entretenimento que a cidade oferece.

Vamos a mais detalhes:

Área urbana e população
O centro da cidade fica na intercessão de 3 rios (afinal, água era super necessário para se começar uma cidade). Seu centro parece pequeno, boa parte dele tomado pela Pitt, mas hoje em dia a população da área metropolitana chega a mais de 2,3 milhões de habitantes. Ou seja, é uma cidade grande e urbana com cara de cidade universitária! Quer melhor!? A cidade é um charme (e olha que nem conheci! rs!) Uma foto vale mais que meu puxa-saquismo:

The Point Park visto de frente
Clima


The Point coberto de neve
É, creio que congelarei! Eu carioca que sou, não estou tão acostumado com o frio. E lá, no verão, a média máxima é de 29 graus! Essa é nossa temperatura no inverno. Falando nele... O inverno de Pittsburgh tem uma máxima de 1.7 graus. A MÁXIMA. E, claro, neva todo ano!

A temperatura já chegou a -30. Espero que não chegue de novo! Não vou querer sair de casa! (Deus abençoe a calefação!)




Curiosidades
  • O gentílico de Pittsburgh é PittsBURGHER! Não tem como não achar graça disso!
  • O apelido da cidade é City of Bridges, afinal, com tanto rio, tem que haver mesmo muitas pontes.
  • Existe um dialeto que foi criado com a mistura dos Galeses/Escoceses/Irlandeses/Alemães, o Pittsburghese. Quem fala nesse dialeto é chamado de Yinzer, graças a expressão yinz, que é uma variação de you ones (como se fosse o y'all). Quer saber como é? Se liga nessa menina fofa do vídeo!


Bom, gente, acho que já chega de puxar muito o saco da cidade e da universidade, né? O post já está enorme! No próximo post eu veio falar um pouco do contato com os outros Fulbrighters!
AH! E se quiser ver mais fotos de tirar o fôlego dessa cidade tão charmosa, só ir no Pittsburgh Skyline!

That's all!
Bye, yinz!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Processo seletivo e resultado

Olá, meu povo!

Como eu bem disse, nesse processo seletivo precisamos ter muita paciência. Por isso vou aqui colocar as datas em que as coisas foram se desenvolvendo. É uma história de prazos curtos e muita espera!

Prazo para o processo seletivo: 30/09/2011
Tínhamos até esta data para enviar o fomulário preenchido por correio.

Envio das cartas de recomendação: 13/10/2011
Tive esse prazo porque duas das minhas professoras não conseguiram enviar as cartas no tempo certo.



Recebimento do e-mail da entrevista: 24/10/2011
Nesta data fiquei sabendo que minha entrevista seria feita por telefone e em Português dois dias depois, dia 26/10/2011. Na entrevista elas somente confirmam as informações colocadas nas inscrições. Elas geralmente perguntam coisas que vão contar pontos na sua classificação, como seu trabalho atual, trabalhos voluntários que você tenha feito e até mesmo se você tem condições de assistir as aulas em Inglês.

Comunicado de Seleção: 31/10/2011
Parece que o resultado saiu rápido, né? Mas esse não é o resultado final. É a seleção, mas não garante que você vá ser selecionado por alguma universidade. Pelo que parece, até hoje nenhum selecionado ficou sem instituição para ir, mas é melhor não contarmos muito com a vitória antes do tempo. De qualquer forma, já dá pra ficar muito feliz! \o/



Personal Information Form e SCAFs: 04/11/2011
O PIF é apenas um formulário com suas informações pessoais básicas, nada demais. Tivemos uma semana exata para enviá-lo preenchido por e-mail.
Já o SCAFs são umas perguntas que certamente as universidades fazem aos alunos para saber informações mais diretas e rápidas. Tínhamos 3 dias para enviá-las! Aqui vai o spoiler das perguntas:


1) Please comment on your motive for applying to the FLTA Program. (5 LINES) 
2) What strengths would be your greatest contribution to the FLTA Program? (5 LINES)
3) Please complete the following so that universities and colleges reviewing your dossier will have a clear understanding of your educational level and transcripts. What grading scale is used i you most your university, most recent graduation, i.e. lowest to highest?? (from 1 to 10 for example) (ONE LINE)
4) What is your current or most recent overall grade average? (ONE LINE)
5) Please clearly state your postgraduate status. For example: are you in his second year of a three year MA program or have you just completed her BA degree. (ONE LINE)
6) Please provide a general comment on the your skill in the language (Portuguese) . Consider whether your speak clearly, with confidence or is hesitant and not understandable. (THREE LINES)

7) What role do you believe the you are capable of playing? Please check all that apply:

Compartilhamento de Informação: 31/01/12
Esse e-mail é para que você libere suas informações para que elas sejam repassadas para os outros bolsistas. No entanto, essas informações só são repassadas após você ter aceitado a universidade. Ou seja, demora.

Nesse mesmo dia, recebi um e-mail para que minhas cartas de recomendação fossem reenviadas. Não sei o que houve, talvez tenham ido parar no lixo eletrônico e ninguém tenha dado falta delas. Vai saber...


Mas você deve estar se perguntando: mas e a resposta da universidade!? É o que eu também me perguntava.

Depois de uma longa espera e agústia...
7 meses depois da Seleção...

A UNIVERSIDADE. Dia 11/05/12 

Após recebido, você tem duas semanas (no meu caso até dia 24/05/12) para aceitar a proposta. Você deve enviar o Terms of Appointment (TOA) assinado por e-mail até esta data.

Contudo, no entanto, todavia... este não foi meu dia feliz. Por motivos pessoais, fui remanejado para outra universidade. Ou seja, mais angústia e espera! Sem saber se realmente seria aceito por alguma instituição...



Mas quase duas semanas depois... AGORA, SIM! RESULTADO VERDADEIRO!

Divulgação da Universidade: dia 23/05/12.
Finalmente tive minha tão esperada resposta! Não aguentava mais as pessoas perguntando "ué, mas você ganhou bolsa e não sabe pra onde vai? isso tá certo mesmo?" Foi um alívio saber que eu não ia pro Alaska! UFA!
Por conta da minha mudança, eu tinha até o dia 25/05, apenas dois dias, para enviar o TOA assinado. Não me importei. Deu tudo certo e enviei tudo a tempo.


No próximo post falo da universidade, dos outros candidatos e desta próxima etapa do processo seletivo: a comunicação com a universidade.

Até a próxima!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Minha inscrição

E aí, galera!

Tá na hora de contar a minha experiência, né!?

Pra começar, quando descobri o FLTA, a primeira coisa que veio à cabeça foi "Puts! Não tenho o TOEFL!". Eu tinha um mês pra me inscrever e precisava daquele resultado ASAP. Então o que fiz? Fui fazer o TOEFL em cima da hora. BEM EM CIMA da hora. Resultado: não tinha mais lugar para fazer prova no Rio. Desisti? Não! Dei meu jeito!

A história do TOEFL:

Arrumei uma promoção para um voo e lá fui eu para Divinópolis, Minas Gerais. Eu dava aula no sábado. Qual a solução? Ir na quinta e voltar na sexta! Sim! No dia seguinte! Rio -> SP -> Confins -> BH -> Divinópolis -> BH -> Confins -> Rio! Lei de Murphy: depois de esperar em Congonhas por umas 3 horas, vou embarcar e descubro que meu voo tinha sido CANCELADO. Sim! E outro voo? Só em Guarulhos! Alguém avisou? NÃO! Atravessei a cidade de ônibus e só consegui um voo para 2 horas depois (isso porque corri - já que foi isso que *cof* a delicada senhora *cof* da Gol me mandou fazer). Já na volta demorei duas horas para chegar no aeroporto - hora do rush de sexta-feira - poderia ter perdido o voo).

Não sabia nem como era a prova e cheguei em cima da hora. E aí que... a prova ATRASOU! Pela primeira vez! Primeiro fiquei desesperado: ter ido para Divinópolis à toa! Eu iria querer morrer! Mas há males que vêm para o bem. Foi assim que fiquei sabendo mais sobre a prova, graças às outras pessoas que também estavam ali para fazê-la. Ah, e é bom lembrar que eu não era o único carioca! (Lá conheci a Marília, que hoje está em Savannah, Georgia, em um outro tipo de intercâmbio).

Mesmo com todo esse perrengue, tirei 108 pontos de um total de 120. A prova é bem tranquila e o mínimo necessário é de 79 pontos. Claro que vale a pena saber como são as etapas da prova. Por exemplo, eu NUN-CA ia imaginar que uma prova feita num computador teria speaking. Sim! TEM! Você fala com o computador! Num microfone! Não é ótimo?! #NOT! Além disso, o listening é ENORME e eu queria urinar no meio da prova (a sala tava fria). A cada track eu perguntava se podia ir no banheiro! Foi agonizante! (Vão ao banheiro antes de tudo! Fica a dica!)

As surpresas:

O resultado saiu em duas semanas. Bem rápido se compararmos com Cambridge. Porém, só mais tarde, depois de ter enviado minha application form, fui descobrir que eu poderia fazer o TOEFL depois e ainda pedir isenção da taxa (cerca de 250 reais). Fazer o que, né? Foi minha primeira surpresa.

Preencher o formulário de inscrição foi minha próxima surpresa. No edital em Português você só precisa de histórico, diploma e TOEFL, certo!? Pois quando você vai preencher o formulário, descobre no final dele (e olha que fui fazendo pouco a pouco, pois é bem grande) você precisa de TRÊS, sim, TRÊS cartas de recomendação, de preferência de chefes e professores. Sem prazo, quase fico sem as três cartas. A Fulbright me deu duas semanas além do prazo de inscrição para enviar as cartas. Fui esperto e pedi para 4 pessoas. Apenas 3 me deram as cartas. Imagina se tivesse pedido só a 3? Bye-bye miss american pie bolsa! (Pensem logo nas pessoas para quem vão pedir as cartas! Isso conta pontos!)

O formulário:

Vou aqui fazer uma síntese das redações mais importantes do formulário:


- A razão pela qual você decidiu se inscrever (3 páginas)
- Qual disciplina você pretende cursar na universidade e o motivo (1 página)
- Quais técnicas e metodologias você usará para ensinar sua língua se tiver uma turma (1 página)
- O que significa para você ser um embaixador cultural (1 página)
- E o seu personal statement para você falar sobre você mesmo ao seu bel prazer (3 páginas)


Dica: No formulário eles perguntam se você tem preferências de lugar nos EUA para ir ou se você tem preferência por um tipo de universidade (muita diversidade étnica ou pouca, somente homens, somente mulheres etc.) Se você olhar nas explicações desses itens, vai ver que no final eles dizem que a flexibilidade e adaptabilidade são critérios deste programa. Ou seja, entenda isso como um "é melhor falar que não prefere nada!". O que vier já será lucro, for sure!

Esse formulário é feito online num site. Nele você também cadastra o e-mail das pessoas que farão sua carta de recomendação. No meu caso, as cartas foram feitas a mão e enviadas para a Fulbright.
Lembrem-se: as cartas não podem ser enviadas por vocês! Seus/Suas chef@s/professor@s é que devem mandá-las para a Rejania Araújo (Coordenadora de Programas)!

O formulário impresso e os documentos (histórico e diploma) são enviados por correio para a Fulbright (o endereço está no site). O resultado do TOEFL você pode mandar depois digitalizado por e-mail.

Esse é o fim da primeira etapa. A próxima etapa? A espera! Falarei mais sobre datas no próximo post.

Inté!





A bolsa

Olá, meu povo!

Comissão Fulbright
Comecemos pelo começo: a bolsa. Tentei uma bolsa para o programa Foreign Language Teaching Assistant (FLTA) 2012-2013 oferecida pela Comissão Fulbright.



A seleção consiste de várias etapas e exige paciência. Vamos ao que interessa:

Do que se trata?

É uma bolsa para professores de Inglês ou de Português que vão para universidades norte-americanas para serem professores assistentes de língua estrangeira. Ou seja, tem gente do mundo todo indo para lá ensinar seu próprio idioma como segunda língua nas universidades. Para o Brasil, esse ano foram concedidas 30 bolsas (em 2008, quando esse programa começou, foram apenas 6).

O que preciso ter?

- possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade estadunidense;
- possuir bacharelado ou licenciatura em língua portuguesa e ou língua inglesa;
- ter proficiência em inglês, comprada pelo TOEFL;
- estar residindo no Brasil durante o processo seletivo;
- não receber bolsa ou benefício financeiro de outras entidades brasileiras para o mesmo objetivo.

Como é o processo seletivo?

Ele começa em agosto/setembro. É interessante que você faça logo o TOEFL para que passe pelo perrengue que passei (que conto mais tarde). Primeiro você se inscreve preenchendo um formulário enorme, com várias redações. Junto com ele você precisa de seu diploma e seu histórico acadêmico traduzidos (juramentados - custa uma graninha), três cartas de recomendação (o que não está no edital brasileiro). 

Uma vez aprovado na fase dos documentos, existe a entrevista. Ela é feita por telefone por três pessoas (como numa conferência) e em Português mesmo (o que achei mais estranho). Eles confirmam certas coisas que você disse na seu application form e tiram algumas dúvidas.

Após essa etapa, existe a classificação. Essa etapa acontece, mas você não fica sabendo. Algumas pessoas tem preferência e ganham pontos nessa etapa:

- com nenhuma ou com pouca experiência nos EUA
- professor da rede pública de ensino;
- ex-bolsista do PROUNI.

Por fim, a última etapa é a mais tensa e angustiante. Depois de ter sido aprovado em todas as vezes, sua application é enviada para as instituições de nível superior nos EUA e você tem que esperar ser selecionado por uma delas. Daí então é só alegria!

Para aqueles que querem se jogar nessa oportunidade é só clicar aqui e verificar se as inscrições já começaram. Boa sorte!

No próximo post começo a contar das minhas experiências!

See you!

Apresentação

Olá, galera!

Meu nome é Glauber, moro no Rio de Janeiro (por enquanto) e atualmente sou professor de Inglês e tradutor. Criei esse blog porque ganhei uma bolsa e vou me mudar para o Estados Unidos em agosto e lá morarei por quase 1 ano.

Quero poder compartilhar de forma mais fácil todas minhas experiências abroad e poder ter mais perto de mim aqueles que ficam. Também quero poder ajudar aqueles que, assim como eu, vão passar por toda a ansiedade do processo seletivo para tentar a mesma bolsa que tentei.

Assim, nos próximos posts, vou falar não só da viagem, mas de todas as etapas do processo seletivo aqui no blog. Ah! E não pretendo parar por aí! Afinal, ainda espero ter muitas viagens pela frente!